‘Dis’ é um prefixo de origem grega e indica dualidade, dificuldade, mau estado, contrariedade, privação.
‘DIS’MOBILIDADE é o título do filme que documentou parte do caos cotidiano no entorno do Hospital das Clínicas, maior complexo hospitalar da América Latina. Foi preciso inventar uma palavra para nomear as cenas da precariedade dos trajetos, transporte público e situações de deslocamento e permanência , e que afetam as 45 mil pessoas que passam diariamente pelo quadrilátero da saúde no HC.
A produção do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo, sob a batuta do Prof. Dr. Paulo Saldiva, teve como roteirista e editor Diego Lombo Machado, de Guaratinguetá e aqui do mobiliVALe. Diego foi o responsável por transformar as mais de 20 horas de filmagens em um documentário de 19’4”.
Exibido inicialmente na Faculdade de Medicina da USP, o filme foi a público na Virada da Mobilidade (setembro/2017) sendo tema para o debate final do evento. Em novembro passado o ‘DIS’MOBILIDADE foi selecionado para o Festival Mobifilm, recebendo a Menção Honrosa na categoria longa metragem independente. Sua repercussão gerou a “Maratona Diária Pela Vida”, tema para a Virada 2018 e um evento que fechou a Avenida de acesso ao Hospital no dia do aniversário da cidade (25 de janeiro) em nome da saúde, da cidadania e de uma solução urbanística para o problema.
Que não passe despercebida a referência final ao clássico filme “Koyaanisqatsi – Vida em Desequilíbrio”, de 1982, e a reflexão sobre nossa submissão à velocidade e mecanicismo que as cidades impõem.
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